- Por que você não escreve mais?
Naquele instante nem me importunou tanto, mas hoje, fatos me colocaram em estado de alerta.
O ano de 2010 já passou da metade e fico triste em saber que produzi muito menos do que posso e gostaria. Daí caiu a pergunta: Por que?
Eu acho que Deus está me colocando no “cantinho do pensamento”.
Desde junho que estou praticamente parada. Tenho tido um problema de saúde atrás do outro e neste momento, encaro a terceira crise alérgica em menos de quarenta dias.
Eu, saturada de antibióticos – a alergia acaba trazendo outras coisas – vou tentando fazer de tudo para ficar bem. Meu corpo reclama, pede descanso e isso tem me deixado bem chateada.
Ontem, passei o dia de cama e claro, assistindo tudo na TV. Fiquei feliz quando vi que os trabalhadores presos, soterrados em uma mina no Chile, estão vivos. A comunicação de um deles com o ministro chileno foi cheia de emoção e esperança. Mas aí vem um detalhe: eles não sabem que talvez fiquem por até quatro meses lá embaixo. E o minerador dizendo...estamos bem, apenas aguardando o resgate!
Será que eles têm uma pequena ideia de qual “resgate” realmente está por vir? Não creio, e assistindo ao noticiário, vi de maneira bem óbvia que a reclusão se faz necessária e pode ser – mesmo que dolorida – uma oportunidade. É uma chance gritando, pedindo pra gente colocar em prática o máximo de nossa coragem.
Eu fotógrafa, ainda não postei registros em meu recente Face Book ou em qualquer outra página. Isso é péssimo, pois é a apresentação do meu trabalho que amo. Preciso disso!
Desde que voltei ao Brasil, ainda não criei outro site. O que estou esperando?
Desde que voltei ao Brasil, ainda não criei outro site. O que estou esperando?
Me sinto envergonhada, pois sequer fiz um back up de minhas fotos para meu I-Mac comprado em maio. E olhe, você não imagina o tanto que desejei essa maçãzinha...
É! Eu escrevi “minhas fotos”. Eu as fiz, mas o que realmente me pertence?
Tudo é passageiro, pode levar muito tempo existindo, mas um dia acaba ou muda de formato.
Em um instante a saúde balança, alguém chega ao mundo, outro se vai, a gente constrói, desfaz, cai e LEVANTA! Assim as nossas vidas seguem.
Uma crise de alergia atrás da outra, são quase dois meses sem fotografar. São muitos dias de cama. Uma sensação de tempo perdido, mas eu preciso acreditar que faz parte de meu “resgate”.
Ficar esse tempo todo “inoperante” tem me remetido a grandes questionamentos. Tenho sentido medo de esquecer coisas que aprendi com a prática. Medo de enferrujar.
Outro dia, vendo uma foto em panning (lindíssima) feita pelo querido Renato, deu vontade de sair da cama para procurar uma criança correndo. Vontade de pintar movimento em um click. É bom sentir falta de pequenas coisas. É onde mora o valor da vida.
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| Foto em panning (Fonte: Google) |
E eu... que sempre penso saber tanto a meu respeito.
Beijos,
Li.
COMPOSIção: ALMIR SATER / Renato Teixeira
Ando devagar por que já tive pressa e levo esse sorriso, porque já chorei demais.
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe, e só levo a certeza de que muito pouco eu sei.
Eu nada eu sei ....
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.
É preciso amor pra poder pulsar.
É preciso paz pra poder sorrir.
É preciso a chuva para florir.
Penso que cumprir a vida, seja simplesmente compreender a marcha, ir tocando em frente.
Como um velho boaideiro levando a boiada.
Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou, estrada eu sou.
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.
É preciso amor pra poder pulsar.
É preciso paz pra poder sorrir.
É preciso a chuva para florir.
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora.
Um dia outro chega, o outro vai embora.
Cada um de nós, compõe a sua história.
Cada ser em si, carrega o dom de ser capaz.
E ser feliz ...
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.
É preciso amor pra poder pulsar.
É preciso paz pra poder sorrir.
É preciso a chuva para florir.
Ando devagar por que já tive pressa e levo esse sorriso, porque já chorei demais.
Cada um de nós, compõe sua história.
Cada ser em si, carrega o dom de ser capaz.
E ser feliz ...
Eu nada eu sei ....
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.
É preciso paz pra poder sorrir.
É preciso a chuva para florir.
Como um velho boaideiro levando a boiada.
Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou, estrada eu sou.
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.
É preciso amor pra poder pulsar.
É preciso paz pra poder sorrir.
É preciso a chuva para florir.
Um dia outro chega, o outro vai embora.
Cada um de nós, compõe a sua história.
Cada ser em si, carrega o dom de ser capaz.
E ser feliz ...
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.
É preciso amor pra poder pulsar.
É preciso paz pra poder sorrir.
É preciso a chuva para florir.
Ando devagar por que já tive pressa e levo esse sorriso, porque já chorei demais.
Cada um de nós, compõe sua história.
Cada ser em si, carrega o dom de ser capaz.
E ser feliz ...



