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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Nasci no Rio de Janeiro e apesar dos problemas, amo essa minha cidade. Nos últimos anos tenho me dedicado a fotografar por aí. Sou alguém de sorte e de muitos amores. Não sei dizer se sou feliz hoje. Isso é algo que a gente só tem certeza quando o tempo passa, quando a poeira baixa, por isso que afirmo que estava bem feliz ontem. Minha inquietação ainda vai me levar a lugares onde nunca sonhei estar. Pode apostar...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

VAMPIROS


VAMPIROS

Eu não acredito em gnomos ou duendes, mas vampiros existem. Fique ligado, eles podem estar numa sala de bate-papo virtual, no balcão de um bar, no estacionamento de um shopping. Vampiros e vampiras aproximam-se com uma conversa fiada, pedem seu telefone, ligam no outro dia, convidam para um cinema. Quando você menos espera, está entregando a eles seu rico pescocinho e mais. Este "mais" você vai acabar descobrindo o que é com o tempo.

Vampiros tratam você muito bem, têm muita cultura, presença de espírito e conhecimento da vida. Você fica certo que conheceu uma pessoa especial. Custa a se dar conta de que eles são vampiros, parecem gente. Até que começam a sugar você. Sugam todinho o seu amor, sugam sua confiança, sugam sua tolerância, sugam sua fé, sugam seu tempo, sugam suas ilusões. Vampiros deixam você murchinha, chupam até a última gota. Um belo dia você descobre que nunca recebeu nada em troca, que amou pelos dois, que foi sempre um ombro amigo, que sempre esteve à disposição, e sofreu tão solitariamente que hoje se encontra aí, mais carniça do que carne.

Esta é uma historinha de terror que se repete ano após ano, por séculos. Relações vampirescas: o morcegão surge com uma carinha de fome e cansaço, como se não tivesse dormido a noite toda, e você se oferece para uma conversa, um abraço, uma força. Aí ele se revitaliza e bate as asinhas. Acontece em São Paulo, Manaus, Recife, Florianópolis, em todo lugar, não só na Transilvânia. E ocorre também entre amigos, entre colegas de trabalho, entre familiares, não só nas relações de amor.

Doe sangue para hospitais. Dê seu sangue por um projeto de vida, por um sonho. Mas não doe para aqueles que sempre, sempre, sempre vão lhe pedir mais e lhe retribuir jamais.

Martha Medeiros

2 comentários:

  1. Não é coicidência: vc elogiando o meu sorriso e eu te visitando justamente depois que vc escreveu esse post...putz, se conheço vampiras assim!!! A razão do sorrisão de felicidade no meu rosto é que mandei às favas uma imbecil que tratei como uma princesa, mas que só tinha olhos e coração para quem a travava como uma qualquer...
    Vade retro! a vida é curta demais para perdermos tempo com gente que se amarra em sofrer sem necessidade.
    A perseverança é vantajosa, mas a linha que a separa da estupidez é quase invisível...
    Parabéns pelo blog e pelo sorrisão de vida no seu rosto tb!

    Bjão

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  2. Tem toda razão.
    Concordo plenamente, conheço alguém que já viveu isso, e foi terrível, por muitos e muitos anos viveu nesse dilema, e nã conseguiu sair, vive no total distanciamento do ente querido e, pior debaixo do mesmo teto,
    por isso acredito, pois vejo o sofrimento de minha amiga.

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