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Quem sou eu

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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Nasci no Rio de Janeiro e apesar dos problemas, amo essa minha cidade. Nos últimos anos tenho me dedicado a fotografar por aí. Sou alguém de sorte e de muitos amores. Não sei dizer se sou feliz hoje. Isso é algo que a gente só tem certeza quando o tempo passa, quando a poeira baixa, por isso que afirmo que estava bem feliz ontem. Minha inquietação ainda vai me levar a lugares onde nunca sonhei estar. Pode apostar...

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Em um instante!




Ontem cheguei ao auge do que uma mulher pode superar sobre TPM. Eu, que pensei estar livre desses ataques, me peguei no meio de uma crise severa de Tendência Para Matar.

Dei carona a uma amada amiga e a sua irmã que nunca havia me visto antes. Preciso explicar muito?

Quase posso apostar que a irmã tem certeza que existe algo de muito errado comigo. Vim dirigindo calmamente, mas falando pelos cotovelos. Ah gente! Tem que haver um jeito para extravasar. Ainda bem que de perto ninguém é normal.

Como depois da tempestade vem a necessidade de organizar a bagunça... Agora, do sossego de minha casa e ainda “atacada”, estou dividida entre a vergonha pelos chiliques e morrendo de rir pelas muitas lembranças que me cutucam. Como é bom poder rir de si mesma!

Olho em volta e tudo me conta uma história. São as fotos, os trecoletes que trago de minhas viagens. E assim uma coisa puxa a outra e não tem fim.

Percebo que estou mais chegada à terrinha. Fico feliz por estar no Brasil. Parece que a depressão pós Europa está me largando. As pessoas que me amam de verdade estão aqui e é com elas que conto.

Mas lembrando de viagem...

Fico impressionada como em poucos meses fora de casa, mesmo com acesso a internet, vou me desatualizando. São aquelas coisinhas que a gente precisa estar aqui para ver acontecer. É a prova do conviver para acreditar.

Quando mamãe e Igor foram me visitar na Europa, me senti por várias vezes “out”.

Eu quase morrendo de ansiedade, mas ao vê-los, explodi de felicidade. Jamais vou esquecer o instante, o encontro!

Vamos desfazer as malas? Surpresa! Minha mãe havia levado na mala 2 quilos de feijão, leite condensado e mais umas coisinhas. Parecia que eles haviam saído de casa em direção a ilha de Lost!

Até então, tudo bem, mas quando mommy resolveu dominar a cozinha, comecei a ficar atordoada. Imagine Dona Carolina pilotando um fogão alemão. Tive que etiquetar tudo! Toda hora eu era requisitada, pois ela desandou a cozinhar, mas não sabia ler as embalagens, as instruções dos aparelhos, ou seja, nada! A cada 30 segundo... Li! Ou então era o Igor: Mãe!

Fato que ficou marcado: se você é a única opção para tradução, acredite, vão tentar te enlouquecer! Coisas simples como: quente, frio, sobe, desce, saída, entrada, etc. e tal, vão precisar de tradução, ainda mais em alemão.

Lá pelas tantas, eu já não agüentando mais, falei: Mãe vai descansar, eu cuido disso!

Ah! Ela me solta um... Ih Li, sai daqui, cozinha não é a sua, CADA UM NO SEU QUADRADO!

Eu tive uma crise de riso e fiquei com cara de boba sem entender, mas Igor rapidinho me mostrou no Youtube de onde vinha o tal do quadrado, Daí para saber outras coisas foi um pulo.

E desse jeito, fui pega de surpresa por “Atoladinha”, Mulheres-fruta, Funk em várias velocidades.

Mas não é só nas “artes” que o viajante constante se perde.

Pense nos lançamentos de produtos? Eu viajo, a coisa arrebenta de vender aqui, todo mundo conhece e eu... Nada!

Uns meses longe de casa e inventaram escova progressiva, marroquina, indiana e acho que até filipina! Sem falar nos tratamentos capilares com sabores... escova de chocolate, de morango, de mel, muita coisa mesmo. Uau!

Dessas histórias todas, nenhuma foi mais marcante do que a primeira ida ao supermercado após um desses retornos.

Entrei na Sendas de Jacarepaguá, estava procurando pão integral e uma senhora me perguntou:

- É aqui que fica o clube social?

Pensei com meus botões... como assim? Um clube aqui dentro?

Respondi a ela que não sabia e que não fazia a menor idéia de onde era o tal clube. Ela me deu uma olhada esquisita, assim como se eu fosse doida, sabe?

Precisei de três semanas para entrar em outro supermercado e dar de cara com um BISCOITO chamado clube social. Me deu uma raiva! Esse tempo todo para entender que dentro do supermercado em Jacarepaguá, não poderia mesmo haver um clube e que alguém resolveu chamar um biscoito sem graça de Clube!

Viver é assim mesmo! Muitas vezes temos que experimentar de fato para saber que existe...
Se eu pudesse ser por um instante um bichinho, seria com certeza um canário do reino!

Beijo para você!

Li.

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